Coletividade: o segredo do sucesso de Álvaro Díaz

Não é segredo para ninguém que eu acho a música de Álvaro Díaz sensacional. Depois da reportagem especial, publicada no Bocada Forte essa semana, muitos amigos e leitores pediram para que eu falasse mais sobre a música de Alvarito. Então, vamos lá!

Pra mim, a música é um conjunto de coisas. Somente ‘’seres iluminados’’ são capazes de desenvolver esse dom com perfeição. Repare bem, - com perfeição. Eu digo isso porque hoje em dia, muita gente diz que faz música, mas não faz. Na verdade, o som é um conjunto. De voz, de batida, de letra, de rima. Ainda mais, no Hip Hop.

Fotos: Divulgação

E é exatamente no Hip Hop que você percebe quando a música vem do coração. Quando ela se alinha e, te faz escutar por várias vezes a mesma canção assim que a conhece. E essa foi a minha relação com a música porto-riquenha de Álvaro Díaz. A primeira que escutei? Muhammad Ali. A segunda? La Milla de Oro. A terceira? Insomnio... E daí pra frente não me lembro mais, já que foi um jogo de bons trabalhos.

Na realidade, a base que Álvaro Díaz tem em sua trajetória, é um base sólida, a começar por seu produtor Angelo Torres. Carismático e extremamente profissional, Angelo me deu toda a atenção e suporte que foi necessário para que a entrevista fosse realizada e cumpríssemos o nosso objetivo: mostrar ao público brasileiro quem é Alvarito.

Particularmente, acredito que isso seja algo que ainda falta em alguns produtores brazucas: humildade. E não digo humildade de apresentar o seu ‘’artista’’ em qualquer meio. Mas a oportunidade de saber que sem o público o seu ‘’artista’’ não é nada. 


Voltando às opiniões técnicas, Álvaro Díaz tem um time de peso que corre com ele, - o coletivo Lv Ciudvd. E foi nesse meio (precisamente em ‘’Insomnio’’) que percebi outra voz sensacional: Derek Novah, com uma base que a meu ver, mistura R&B e Soul com riqueza de detalhes. Comparando Novah às vozes que temos no Brasil, eu diria que ele faz recordar muito a participação de Alex Jordan em ‘’20 de 40’’, do grande Viela 17. Alex e Derek dão uma roupagem diferente e complementam a interpretação da canção a qual cada um participa.

E aí que está a maior dentre todas as características desse garoto de Porto Rico: coletividade. Ninguém faz nada sozinho e, Álvaro Díaz e sua equipe descobriram isso antes mesmo de terem seus trabalhos na rua. Antes de ser artista, Álvaro é simplesmente Álvaro e é esse todo o diferencial das suas canções. Porque como diria Marcelo D2, - ''artista não faz arte!''

Álvaro Díaz no Bocada Forte: http://www.bocadaforte.com.br/reportagens-especial/rapero-de-la-isla.html

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