Uma guerra sangrenta, sem fim. Parece que há muitos e muitos
anos, Israel e Palestina se esqueceram que, por mais diferentes que sejam, são
todos iguais. E então, quando eu me pego sentada em frente ao computador para
escrever essas linhas, diversas coisas passam pela minha cabeça. Imagens que
refletem os dois povos, são algo que deixam impossíveis os argumentos para dar
a Israel o nome de ‘’terra santa”.
Mortes, muitas mortes. Crianças inocentes, pais de família.
Todos assassinados pelo ‘’capricho’’ de governantes que, podem, mas não querem,
parar um confronto que diz respeito a eles, somente a eles. Homens que utilizam
o nome de Deus para justificar mortes.
Mas que diabo de deus é esse pertencente ao srº Benjamin
Netanyahu que o faz cada vez mais perverso a ponto de dizer que, muitas vidas
ainda serão perdidas até que Israel alcance seu objetivo?!? A acusação de
crimes de guerra não podem fazer mais vítimas inocentes. E eu me pergunto (e te
pergunto também, por que não?), - por que Netanyahu não ‘’sai na mão’’ com o
líder do Hamas?
A impressão que dá é que, a única diferença entre os nossos
diabos e, os deles, é que, os nossos, travestem uma ‘’liberdade inabalável’’.
Uma liberdade censurada. Como a que fizeram com os grafiteiros Mundano e
Crânio, ao apagarem suas obras bem ali, na esquina da Consolação com a
Paulista, bem ali, onde a burguesia fede seus milhares tons de cinza a céu
aberto. E nesse caso, os diabos levaram água na cara! Ou melhor, no muro. Como
todos os outros repressores, Alckmin e Haddad tiveram ‘’seu cinza’’ retirado
por Mundano, que deixou mais um recado: “apaguem a repressão e não a nossa
voz.”
E então, de forma expressiva, eu faço outra pergunta, - de
quantos Mundanos precisamos para acabar com os diabos do mundo, em época auto
retratada de ‘’tempos mundanos’’? De quantos bilhões de pessoas precisamos para
acabar com meia dúzia de lideres que, acabam com inocentes todos os dias? Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.
Talvez a
resposta se chame coragem, voz. Talvez a resposta seja apagar o medo e bater de
frente. Porque em tempos de guerra, perdemos grandes homens, poetas que eram
capazes de mudar o mundo com suas linhas e textos intrigantes. Porque em tempos
de guerra, ‘’a pena e a lei’’ tornaram-se inimigas do povo. Porque em tempos de
guerra, os governantes anunciam a sua pessoal ‘’farsa da boa preguiça’’. Porque
em tempos de Guerra, todos nós somos palestinos, independente de qual local do
planeta vivemos. E porque em tempos de guerra, futuramente se me perguntarem
sobre o ocorrido eu direi: ‘’não sei, só sei que foi assim”.
Créditos/ Imagens: Agência Brasil (Policiais do BOPE em favela do RJ)
/ Mundano (via Facebook. Esquina da Consolação com a Paulista)
Texto de ideia, postura e palavras fortes de reflexão. As coisas só mudaram quando o povo (único e exclusivamente capaz de mudar a atual situação) acordar e enxergar que detêm esse poder em mãos. Caso contrário a tendência é cada vez pior.
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